quarta-feira, 28 de março de 2012

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Momentos arte...viajando na maionese por Vera Maria;....VERAMAR

sábado, 3 de março de 2012

CORAÇÃO X CÉREBRO:QUEM É O GRANDE VILÃO DAS PAIXÕES DA HUMANIDADE?



 CORAÇÃO x CÉREBRO: QUEM  É  O GRANDE VILÃO DAS PAIXÕES DA HUMANIDADE?       (1ª Parte)
  By VMC (*1)
               Sempre que nos referimos as questões emocionais, temos como representação simbólica,  o coração. O velho e romântico coração reverenciado pelos apaixonados, pelos desprezados, por aqueles que um dia acreditou amar e ser amado, enfim, pelos poetas.  Esse processo se deve a nossa cultura emocionalmente contaminada pelo romantismo exacerbado que alimenta culturas ocidentais há séculos e séculos desde que o cristianismo se firmou como um divisor de “águas”....ou historicamente falando: divisor de ERAS.  Ou seja:  Antes de Cristo (A.C) e Depois de Cristo (D.C). A filosofia iniciou seu grande questionamento entre razão e emoção. É evidente que esse dilema existe desde que o ser humano foi promovido a “patente” de homo sapiens . Para entender melhor esse processo, farei um breve retrospecto para responder a essa  interrogativa lndelevelmente histórica .

Os primeiros habitantes da terra

A pré-história é o período anterior ao aparecimento da escrita, por volta do ano 4000 a.C..Seu estudo depende da análise de documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas, desenhos e ossos. O gênero HOMO apareceu entre 4 e 1 milhão de anos  a .C.  Os estudiosos dessa área dentre eles paleontólogos antropólogos e historiadores classificam em  três etapas ou períodos , a evolução do homem pré-histórico:

I – PALEOLÍTICO  (idade da pedra lascada)

a) Paleolítico inferior: 500.000 – 30.000 a.C.
b) Paleolítico superior: 30.000 – 8.000 a.C.

II - NEOLÍTICO (nova idade da pedra)

8.000 – 5.000 a.C.

III - IDADE DOS METAIS

5.000 – 4.000 a.C.
Esta divisão é evolucionista porém,  numerosos investigadores da história incluindo os arqueólogos, antropólogos e sociólogos contestam tal visão. Esses afirmam que existe grande diversidade cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema ( sobrevivência principalmente) , cada homem ou grupos humanos se organizam de um modo, o que resulta em culturas diferentes. Daí , conclui-se que certos grupamentos humanos podem ter simplesmente acelerado um desses estágios ou ter saltado um deles.

A Origem do Homem

A precariedade de informações obviamente limita o conhecimento exato  da origem do homem. As primeiras pesquisas oficiais  datam do final do século XIX; e muitas descobertas de restos humanos e animais ou utensílios e alguns hierogrificos (escritas) ou  registros gráficos (desenhos em cavernas)  ocorreram de modo casual, nem sempre realizadas por especialistas. Dessa forma, concluiu-se que a descoberta de traços culturais comuns em grupos afastados poderia indicar  provavelmente, que tais indícios apareceram em  várias regiões diferentes do planeta.
É consenso que ,  há um tronco comum do qual se originaram os grandes macacos (pongidae) e os homens (hominidae). Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram e cada um apresentou sua evolução própria. Os pongidae apresentaram a forma do gorila, chimpanzé e orangotango; os hominidae ou hominídeos, adquiriram a forma do atual homo sapiens. Essa teoria também é aceita pela maioria de nós, que abominamos a ideia de pertencer a espécie dos macacos de “baixo escalão”  (pongidae) . Dessa postura preferimos crer que somos da classe dos hominidae. Dos males o menor!

Os Australopithecus

Milhares e milhares de anos se passaram até o aparecimento (registro) do mais antigo hominídeo que se conhece. Foi encontrado na África do Sul e os estudos revelaram que viveu entre 1 milhão e 600.000 a.C.. Apesar do crânio pequeno, possuía traços característicos dos hominídeos. Era bípede com  postura mais ereta. Quero crer que essa teoria foi magistralmente retratada no filme o planeta dos macacos, sob o ponto de vista hollywoodiano.

O Homo Habilis e o Pithecanthropus Erectus

O homo habilis viveu há cerca de 2,5 milhões de anos e foi contemporâneo do australoptecus, mas com capacidade craniana ampliada. Esta incluiu carne em sua alimentação, o que provocou mudanças em sua arcada dentária.


Segue-se o terceiro tipo de hominídeo, o Pitecanthropus Erectus, que deve ter vivido entre 500.000 e 200.000 a.C.. O homo erectus, como hoje se denomina, possuía maxilares maciços e dentes grandes, cérebro maior que o tipo anterior e membros mais bem adaptados à postura ereta.
Alguns exemplos:
I - JAVANTROPO – (Homem de Java): 1,5 metros de altura e deve ter passado a maior parte da existência no chão.
II - SINANTROPO – (Homo Pekinenses): Descoberto na china. Junto do esqueleto havia grande quantidade de facas, raspadores e pontas, o que demonstra elevado estágio de desenvolvimento.
III - PALEANTROPO – (Homem de Heidelberg)

O Homo Neanderthalensis

Encontrado em Neanderthal, Alemanha. Houve descobertas semelhantes França, Iugoslávia, Palestina e África do Sul. Deve ter existido entre 120.000 e 150.000 a.C.
Este hominídeo possuía capacidade craniana elevada e já vivia em cavernas e deixou inúmeros traços de sua existência.

O Cro-Magnon

Com o homem de Cro-Magnon atinge-se o Homo Sapiens. Chegamos a este estágio por volta de 40.000 a.C., possuía altura acentuada, membros retos e peito amplo, como também, a maior capacidade craniana encontrada até então, o que provou através da arte, da magia e da vida social.

Padrões Culturais da Pré-História

Podemos classificar os estágios culturais da humanidade em selvageria, barbárie e civilização.. A civilização seria posterior à escrita; as demais, características dos homens da pré-história. Tal visão apresenta dois defeitos básicos, quais sejam:
I. pretende que a civilização em que vivemos seja o modelo, em função do qual se deva julgar todos os outros estágios da evolução;
II. pressupões que todos os povos da pré-história tivessem passado pelas mesmas etapas, o que Não corresponde aos documentos históricos encontrados.
Cada povo tem sua própria cultura e civilização, que devem ser compreendidas no seu momento histórico exato, do contrário, não estaríamos fazendo história, mas tentando demonstrar a superioridade da civilização ocidental.
O surgimento da agricultura se deu entre 8.000 e 5.000 a.C.(neolítico), quando o homem deixou sua vida nômade, sedentarizando-se às margens dos rios e lagos, cultivando trigo, cevada e aveia. Nesta época também domesticava ovelhas e gado bovino, otimizando sua cadeia alimentar.. Aí também surgem os primeiros aglomerados urbanos, com finalidade principalmente defensiva. Nesta época também as viagens eram feitas por terra e mar. Estamos falando da chamada comunidade primitiva, onde o solo pertencia a todos e a comunidade se baseava em laços de sangue, idioma e costumes.
A partir deste ponto, a evolução das comunidades processou-se em duas direções: no sentido da extensão da posse e da propriedade individual dos bens no sentido da transformação das antigas relações familiares. Durante a idade dos metais (5.000 a 4.000 a.C.), o cobre passou a ser fundido pelo homem, seguindo-se o estanho, o que permitiu a obtenção do bronze, resultante da liga dos dois primeiros. Por volta de 3.000 a.C., produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia, sendo esta técnica difundida para outros povos a partir daí.  A metalurgia do ferro é posterior e tem início por volta de 1.500 a.C., na Ásia Menor, tendo contribuído decisivamente para a supremacia dos povos que a dominavam e souberam aperfeiçoá-la.

A Origem do Homem Americano

Segundo alguns estudiosos, o continente americano começou a ser povoado há 30.000, 50.000 ou até 60.000 anos atrás. Dos povos mais antigos, os arqueólogos encontraram restos de carvão, objetos de pedra, desenhos e pinturas em cavernas e partes de esqueletos. Dos povos mais recentes encontramos grandes obras como: pirâmides, templos e cidades. Alguns, como os Astecas e os Mais, conheceram a escrita e deixaram documentos que continuam sendo estudados.
Hoje, os pesquisadores admitem que os primeiros habitantes americanos vieram da Ásia, devido à grande semelhança física entre índios e mongóis. A teoria mais aceita é de que os primitivos vieram a pé, pelo estreito de Behring, na glaciação de 62.000 anos atrás. Outros afirmam que vieram pelas ilhas da Polinésia, em pequenos barcos, tendo desembarcado em diversos pontos e daí se espalhado.
Os vestígios mais antigos da presença do homem no continente foram encontrados em São Raimundo Nonato, PI, Brasil, com idade de 48.000 anos, permitindo a conclusão de que eram caçadores e usavam o fogo para cozinhar, atacar e defender-se dos inimigos, pelos utensílios encontrados  ou seja, desde que ele aprendeu ( ou descobriu ) que poderia  pensar e agir com a razão considerando os aspectos lógicos, lingüísticos e matemáticos. Somente lhe foram percebidos de acordo com a teoria evolucionista de Darwin . Para refrescar sua memória:
Darwinismo
            Charles Darwin, em sua viagem
 pelas Ilhas Galápagos, estudou o comportamento de algumas espécies durante gerações. Observou que algumas espécies evoluíam de outras e que os animais mais preparados para enfrentar condições adversas de temperatura, etc. sobreviviam e conseguiam passar suas características para os descendentes. Observou também que isso se assemelha com a seleção artificial que seres humanos fazem com raças de cachorros, cruzando os mais bonitos, mais fortes e mais saudáveis para produzirem filhotes mais bonitos.
Esse estudo, onde os mais aptos sobreviviam e passavam seus genes para os descendentes foi chamado de Lei da Seleção Natural. Importante ressaltar que a seleção natural não é causada pelo sucesso reprodutivo do mais apto, a seleção é sobrevivência e reprodução diferenciais. Ou seja, o sucesso reprodutivo é daquele que conseguiu sobreviver e deixou o maior número de descendentes viáveis. O sucesso reprodutivo depende da sobrevivência, e a prole também precisa sobreviver e deixar descendentes. Quanto mais cedo um indivíduo morre, menos descendentes ele deixa.
Neodarwinismo
           Nesta teoria, e evolução é o resultado de um conjunto de fatores, que atuam na composição de uma população:
- Mutação - Fluxo Gênico -  Seleção Natural - Deriva Genética -
 Mutação
É qualquer modificação na característica de uma espécie. As mutações podem ocorrer nas células somáticas e nas células germinativas, e esta pode ser passada para os descendentes. A mutação aumenta a variabilidade genética de uma população.
Fluxo Gênico 
Os   alelos    ( uma das diversas formas de  gene, ocupando uma posição num certo CROMOSSOMO  conhecida  por lócus). podem ser introduzidos em uma população através dos indivíduos migrantes, o que tende a aumentar a variabilidade genética da população.
Seleção Natural
Existem três tipos de seleção:
- Estabilizadora ou normatizadora: Seleção na qual os indivíduos com genótipo para características extremas são eliminados da população. Por exemplo indivíduos muito grandes e indivíduos muito pequenos.
- Direcional: Quando uma característica é favorecida, em detrimento de outra, ou seja, um tipo de fenótipo, à direita ou à esquerda da média é favorecido.
- Disruptiva: Quando os fenótipos à esquerda e à direta da média são favorecidos, formando grupos distintos.
Deriva Genética
Quando uma população é muito pequena, o efeito da deriva genética é muito grande. A tendência da deriva genética é diminuir a variação dos genótipos, podendo até excluir um gene da população. Essa teoria foi atualizada e aperfeiçoada pelos cientistas Roger Sperry e Paul  Maclean cujo prêmio Nobel de 1981 lhes foi concebido por pesquisar e comprovar a teoria da evolução do cérebro humano assim representadas:
(CONTINUA.....)